sábado, 27 de junho de 2009

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23 comentários:

  1. Meu nome é Vera Beatriz, estou historiando o Grupo Escoteiro Charruas, poderíamos conversar? Meu e-mail: vlima@pop.com.br - moro no bairro Teresópolis.

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  2. SEM PROBLEMAS,FUI CHEFE DOS LOBINHOS..TE ESCREVEREI...DUVAL

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  3. Meu nome e Julio Hochberg. Terminei o cientifico no Cruzeiro do Sul em 1962. Em outubro de 1957, eu estava na segunda serie do ginasio, quando o professor de historia entrou em aula e disse que viviamos um momento historico, pois os russos haviam lancado um satelite ao espaco no dia anterior e que este enviava sinais para terra. Naquele momento tive a ideia de lancar o segundo satelite. Fui a casa do meu primo no bairro Santana, tiramos o miolo do radio capela de minha tia, colocamos o nosso "satelite" na ponta de uma taquara enorme. Amarramos uma corda para fazer um arco gigante, e lancamos o segundo satelite ao espaco. Com fones ficamos esperando os tais de sinais. Ate hoje ninguem descobriu aonde foi
    parar o nosso invento. Claro que deixamos na caixa do radio intactos os botoes.

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  4. Ao assistir uma conferencia do Steve Jobs na Stanford University consegui entender o que foi o ensino no Cruzeiro do Sul. No Cruzeiro adquiri um grande e variado pontos de referencias que vieram formar as fundacoes do que sou como individuo e profissional. Nao podemos conectar os pontos olhando para o futuro, somente olhando para as experiencias que tivemos no passado. Esta conferencia esta no YOUTube se quizerem ouvir algo excepcional.( Steve Jobs Stanford Commencement Speech 2005
    15 min - Mar 6, 2006
    www.youtube.com)

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  5. Em 1956 eu cursava a primeira serie do ginasio no Cruzeiro do Sul. A minha irma mais velha havia ganho de aniversario um perfume cujo nome era "Dinamite" e o vidro vinha embalado numa pequena barrica de madeira muito bem feita, com tampa, com o nome Dinamitge estampado em preto, e parecia uma miniatura de uma barrica de polvora. Logo imaginei levar a barrica para o colegio e sabia que iria ser admirada pelos meus colegas pois tinhamos recentemente ouvido na aula de historia do professor Heitor sobre a importancia da polvora e a sua descoberta na China. No intervalo coloquei a mesma sobre a minha carteira e nao demorou uns 3 minutos e o Prof. Henning entrou na aula e foi direto a mim, olhou para a barrica, tirou a tampa da mesma, viu que estava vazia e me olhou com ar de espanto. A turma inteira estava esperando a maior bronca, mas esta nao ocorreu!

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  6. Eu tinha varios colegas de aula do ginasio que eram do interior e moravam no internato. No refeitorio haviam mesas compridas. No centro era colocado o pao que deveria ser cortado entre os varios internos. Um deles na hora do almoco pegou o pao como se fosse um telefone e em voz alta comecou a fazer pedidos. Dizia, ERNANI!!! " Me traz um bife, batatas fritas e feijao com arroz"!!! O professor Ernani que estava em ponto estrategico ouvindo sem ser visto, foi a cozinha pegou um prato com o file, batatas fritas e o feijao com arroz, veio por traz do colega que naquelas alturas ja estava berrando, colocou o prato na mesa e disse aqui esta meu filho. A turba que assistia tudo aquilo fez um silencio total que ressoa ate hoje!!!

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  7. O ano era 1959. Quarta serie do ginasio no Cruzeiro do Sul. Personagem Antonio Carlos Senna. Problema matematica. O Senna nao tinha jeito de passar de ano e uma turma da Azenha resolveu dar uma mao ao amigo. La se foi o Carlos Miguel, atravessando a Rua da Azenha com um baita quadro negro. Mas nao houve jeito pois o Senna partia para discussoes incriveis como por que a raiz quadrada nao era redonda e assim por diante. Naquela epoca a revista Cruzeiro nao parava de noticiar os tais de discos voadores e o povo andava amendrontado. O Senna aproveitando a saida dos pais a noite, do alto da janela de seu quarto ligava um projetor de cinema 16mm com um filtro vermelho sobre os transeuntes que passavam la embaixo na calcada. As pessoas eram seguidas por um faixo de luz vermelha e aos prantos gritavam por amor de Deus nao me levem, eu tenho familia para sustentar... Com a inauguracao da TV Piratini o Senna iniciou o seu programa semanal com marionetes, que eram fabricadas por sua mae. Hoje o seu filho O Kaka Senna continua a tradicao de familia criando bonecos espetaculares. O Senna em sua casa possui uma colecao incrivel de artefatos da historia do cinema no Rio Grande do Sul. Poltronas do Cinema Imperial, um bongo trazido do interior, projetor do Cinema Castelo e muito mais,,, Alem do quepe da Companhia Carris.

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  8. O Anos 50 foram os anos de gloria do Radio. O meu hardware foram a galena, as misteriosas valvulas do radio, seguidos pelo radinho de pilha ja no final da decada. O meus softwares foram os programas de auditorio. Com seis anos peguei um bonde na Azenha e fui por conta propria ao Centro da Cidade. Deci no abrigo da Praca XV, comi um pastel e depois atravessei a Borges de Medeiros ate o Edificio Uniao aonde ficava a Radio Gaucha. Fui assistir o programa de domingo a tarde do Candido Norberto no qual tambem passavam filmes. Depois surgiu o programa do Mendes Ribeiro no cinema Cacique, ja agora com a radio Guaiba. Na quarta serie do ginasio fui convidado pelo professor Heitor Alves para representar o Cruzeiro do Sul no concurso Intercolegial, patrocionado pela Pepsi-Cola. Eu defenderia Historia, o Arlei Fernandes Fortes Biologia e o Walter Marques Geografia. Visitamos com todos demais representantes a fabrica da Pepsi que ficava na Beir-Rio. Semanalmente parava um caminhao da fabrica la em casa, e deixava uma caixa de garrafas de Pepsi. Nas quarta-feira a noite o concurso ocorria na Radio Gaucha, e era incrivel a competicao, com torcidas organizadas, e perguntas para os concorrentes sobre as tres materias. A minha irma mais velha a Berta, tambem ex-Cruzeirista, morava na ocasiao em Uruguaiana, ficava ouvindo a transmissao pelo radio. Durante todo o ano a preparacao foi intensa para a batalha semanal. A nossa maior vitoria foi contra o temivel Champagnat. Conseguimos o terceiro lugar para o Cruzeiro em 1959. Ganhamos uma taca para o Colegio, que agora ja nao sei aonde deve estar, provavelmente juntamente com todas as reliquias do querido colegio. Em nossa memoria.

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  9. Nos anos 50 para entrar no ginasio o aluno que terminasse o curso primario deveria passar um exame chamado "de Admissao". Um mini-vestibular, extremamente dificel e que muita gente nao conseguia passar. Eu fiz o meu primario no Grupo Escolar Inacio Montanha que ficava perto da minha casa, na Joao Pessoa ao lado do Hospital Ernesto Dorneles, que na epoca era so um grande esqueleto de concreto. Cursei ate o quarto ano e me lembro que a rua ainda nao era calcada, pois quando chuvia tinha um barro vermelho no qual eu procurava "pedras preciosas". Nos ultimos meses de grupo escolar calcaram a rua, e os meus tesouros ficaram protegidos!!. No quinto ano primario eu fui para o Colegio Cruzeiro do Sul que oferecia um treinamento especial para o Exame de Admissao ( uma especie de cursinho-pre-vestibular). Eram tres turmas que ocupavam o primeiro andar, a direita de quem fosse para o patio interno. No primario os alunos usavam uma farda e quepe caqui de brim, que eram feitas sob medida, ou na Casas Carvalho no centro da cidade ou numa loja de uniformes na rua da Azenha. Me lembro ainda as varias visitas a loja para que o tal de uniforme ficasse pronto. Por sinal o uniforme era muito desconfortavel quando tinhamos que ficar sentados quietos assistindo as aulas. A parada do bonde gaiola ficava na Av. Teresopolis, esquina com a Arnaldo Bohrer. Ate chegar ao Cruzeiro nao havia calcamento naquela epoca, e o barro vermelho voltou a fazer parte do meu cotidiano. Somente quando eu estava terminado o curso cientifico, foi quando finalmente calcaram a Arnaldo Bohrer.

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  10. O globo terrestre!!! Eu sempre tive uma fascinacao por globos. Mas poder adquirir um era quase impossivel pelo elevado custo. Acho que eles eram importados naquela epoca. No segundo ano primario, no Grupo Escolar Inacio Montanha eu tive a ideia de juntar os colegas de varias turmas e comprar um globo para a escola. Falei com a professora e esta achou a ideia otima. Peguei uma folha de papel almaco e coletamos a quantia de 50 cruzeiros, valor que cobriria o custo. Cada um tinha colaborado com 50 centavos!! Em comissao, com a professora fomos a livraria Tabajara na rua Vigario Jose Inacio e compramos o tao desejado globo terrestre. Na manha seguinte ele ficou exposto no saguao da escola e as turmas passavam para admira-lo. Foi incrivel a sensacao. Ja no Cruzeiro em 1956 iniciavamos o primeiro ano ginasial e tinhamos aulas de geografia com o Professor Paulo na sala de geografia que ficava no terreo , a ultima sala a esquerda. O ensino de geografia era incrivel e aprofundado. Imagino que todo o aluno que teve a oportunidade de aprender geografia com aquele metodo, tinha o mais completo preparo da materia. Durante os exames orais os mapas eram apresentados de cabeca para baixo e tinhamos que localizar as cidades rapidamente!! Talvez estavamos sendo preparados para ser astronautas e nao sabiamos!! Mas na famosa sala de geografia, e em nenhum lugar do colegio existia um globo terrestre!! Agora ja com experiencia no assunto, formei uma comissao, coletamos dinheiro, e adquirimos um globo para o colegio. Por sinal com o recente terremoto ocorrido no Chile, o nosso planeta esta com um diametro menor, mudou 3 polegadas no eixo, a rotacao ficou mais rapida e o dia encurtou alguns milesimos de segundo!!!

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  11. Uma janela para o futuro!. Acho que eu cursava a segunda serie do ginasio quando apareceu no Cruzeiro um caminhao gigantesco da GM (General Motors) O colegio inteiro ocupou o auditorio e la foram apresentados os ultimos avancos da tecnologia. Pela primeira vez entrei em contato com o controle remoto por radio, este comandava uma pequeno carro que era movido a energia solar, com celulas eletro-voltaicas dispostas no seu teto. Tambem pela primeira vez, vi um giroscopio funcionar, e a previsao dos apresentadores de que serviria para viajar no espaco. Doze anos mais tarde o homem descia na lua. Este era o Colegio Cruzeiro do Sul, sempre preparando o aluno para o futuro de uma maneira extraordinaria.

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  12. A flamula do Cruzeiro. Sempre guardei com muita estima a nossa flamula. Estava emoldurada e protegida em meu quarto quando morava na rua da Azenha. Eu tinha um orgulho especial por ela.
    Infelizmente com as inumeras mudancas a flamula desapareceu. No ano passado, na reuniao de 40 anos de formatura da Faculdade, o meu colega Manuel Villela, ex-cruzeirista me presenteou com uma flamula do Cruzeiro. E interressante o que representa, e sempre me faz lembrar de tanta bem querencia.

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  13. "Pa ua seu moco!!!" As nossas aulas de quimica eram de nivel academico. Aulas teoricas, seguidas de aulas praticas num laboratorio de quimica que ficava numa sala a direita da escadaria de quem vinha da entrada principal. La vi pela primeira vez a reacao do fosforo branco na agua pegando fogo. Na hora dos exames e vestibular, a materia fluia sem dificuldade pois o treinamento era mais do que perfeito. Infelizmente nao me lembro do nome real do professor, ex-seminarista, tinha um sotaque engracadissimo. Mas me lembro do seu apelido que era Que Tem? Se alguem nao se comportasse ele dizia: " pa ua seu moco!!!" O laboratorio de quimica era muito bem equipado, mas faltavam os bicos de Bunsen. Era costume no Cruzeiro do Sul, no ultimo ano do cientifico se fazer uma campanha e deixar um presente para o Colegio. A minha turma-1962 comprou os bicos de Bunsen para o laboratorio de quimica.

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  14. Ao iniciar a primeira serie do ginasio, dei de encontro com um gigante. O nosso professor de portugues ensinava ao mesmo tempo na Escola de Filosofia da UFRGS, no Cruzeiro do Sul, e Colegio Julio de Castilhos, alem de ser um erudito em Fernando Pessoa. Eu vinha de uma familia de imigrantes, e em minha casa somente o Polones e o Idish eram falados. As minhas dificuldades eram paralisantes.
    Eu nunca tinha ouvido falar em Fernando Pessoa, nao tinha condicoes de entender os seus poemas e nem mesmo podia avaliar a importancia do poeta na literatura portuguesa. Mas no Cruzeiro do Sul o objetivo estava em abrir novos horizontes. Encontrei no Professor Rosa uma dedicacao e compreensao incrivel que me permitiu atravessar aquele mar quase intransponivel.
    Ao nosso querido professor Rosa uma lembranca do seu Poeta:

    Horizonte

    O mar anterior a nós, teus medos
    Tinham coral e praias e arvoredos.
    Desvendadas a noite e a cerração,
    As tormentas passadas e o mistério,
    Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
    'Splendia sobre sobre as naus da iniciação.

    Linha severa da longínqua costa ---
    Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
    Em árvores onde o Longe nada tinha;
    Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
    E, no desembarcar, há aves, flores,
    Onde era só, de longe a abstracta linha.

    O sonho é ver as formas invisíveis
    Da distância imprecisa, e, com sensíveis
    Movimentos da esp'rança e da vontade,
    Buscar na linha fria do horizonte
    A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte ---
    Os beijos merecidos da Verdade.

    Fernando Pessoa

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  15. A TOCHA! Este era o nome do jornalzinho da minha aula, iniciado na primeira serie do cientifico e criado pelo Arlei Fernandes Fortes e por mim. Tinha artigos os mais diversos, caricaturas, etc. Era mimeografado em Canoas e distribuido entre os nossos colegas. Foi uma experiencia importante de criatividade, e um ponto de referencia fundamental para mim. Desde a terceira serie do ginasio eu tinha a ideia de ser escritor. Vinte dois anos depois fui convidado para ser o editor da Revista da AMRIGS. Depois fui convocado pelo Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plastica para criar a Revista da Sociedade e fui seu editor por 3 anos. O meu primeiro livro foi publicado em 1984 com o titulo de Manual de Retalhos Miocutaneos.

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  16. Pirulitos e Bandeiras. Quando cursava a primeira serie do ginasio a gente comprava pirulitos no bar do colegio. Alguns vinham premiados e podiamos trocar por miniaturas de bandeiras de varios paises, e se tivessemos um total de 10 pirulitos premiados poderiamos trocar pelo suporte de madeira em forma de arco para expor a colecao. O problema era que nunca podiamos encontrar o tal de suporte. Um dia saiu um boato de que num bar perto do cinema Teresopolis existiam alguns a disposicao. Nao imaginem o nivel de ansiedade ate terminarem as aulas, e depois a debandada ate o final da linha do bonde para conseguir o tao desejado suporte.

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  17. COLEGA JÚLIO, IMPRESSIONANTE LER TUA NARRATIVA SOBRE A EXPERIÊNCIA CRUZEIRISTA...
    CERTAMENTE TODOS QUE FREQUENTAM ESSE BLOG SENTEM A MESMA COISA E TEM HISTÓRIAS ASSEMELHADAS PARA CONTAR.
    ESTAMOS PENSANDO EM PUBLICAR UM LIVRO SOBRE NOSSO IMORREDOURO COLÉGIO.
    CONTAMOS CONTIGO.
    CREIO QUE ÉS IRMÃO DA ROSA HOCHEBERG QUE ESTUDOU NA MINHA TURMA .
    MUITA SAUDADE DE TUDO AQUILO E HOJE NOSSOS REENCONTROS SÃO MUITO ESPECIAIS.
    UM ABRAÇÃO.GILDA TWEEDIE

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  18. Alo Gilda
    Muitas saudades. A Rosa ja tem netos imagina!!
    O meu E-mail e: Drhamburger@gmail.com. Se quiseres me escrever direto eu te mando o E-mail da Rosa.
    Um abraco

    Julio

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  19. Trabalhos Manuais. Uma das experiencias mais valiosas que tive no Colegio Cruzeiro do Sul foram as aulas de trabalhos manuais. O meu pai tinha uma fabrica de botinas de futebol chamada Sparta na rua da Azenha. Desde os seis anos de idade eu ja andava pela fabrica mechendo em tudo, inclusive em uma tais facas japonesas, afiadissimas. Comecei naquela epoca a usar as facas para esculpir em madeira.
    Quando entrei no Cruzeiro e comecei a frequentar as aulas de trabalhos manuais ja tinha experiencia e com acompanhamento da professora e instrumentos mais sofisticados tive um crescimento enorme nas minhas abilidades. Me lembro de uma bandeja de cedro que tinhamos que esculpir para passar de ano.
    No bar do colegio eram vendidos os materiais e instrumentos necessarios. Notei desde cedo que tinha a capacidade de imaginar uma forma final em um pedaco de madeira e chegar aquela imagem
    esculpindo. Eu tinha um vizinho que trabalhava em marmore fazendo monumentos para o cemiterio da Azenha que ficava perto da minha casa. Com ele aprendi a trabalhar em marmore. No curso de Medicina na Faculdade Catolica, por volta de 1966 ao assistir a primeira aula de Cirurgia
    Plastica com o Professor Jorge Fonseca Ely vi pela primeira vez ele esculpir uma orelha utilizando cartilagem, colocando em baixo da pele do paciente e criar uma orelha a partir do zero. Fiquei fascinado e naquele momento me decidi por Cirurgia Plastica, pois sabia da minha capacidade e entendimento de escultura.
    Na semana passada coloquei o ponto final numa reconstrucao de orelha em uma moca universitaria aqui de Wisconsin ao perfurar o neo lobulo e colocar o brinco de ouro! E imaginar que tudo comecou na Sala de Trabalhos Manuais do Cruzeiro do Sul.

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  20. Exposicao de Arte
    No ano passado em Setembro/Outubro tive a oportunidade de expor na Galeria New Visions em Wisconsin, nos Estados Unidos. Os meus trabalhos foram em escultura, pintura, desenho e Xilogravura. Meu filho Leonardo expos fotografia e o meu genro Atsushi expos pintura. O site da exposicao e: http://hochberg.smugmug.com/Events/Hochberg/10421509_HqKyi#722316970_mn2t2
    Um abraco. Julio Hochberg

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  21. Anotacao na Caderneta!!! Cada aluno do Colegio Cruzeiro do Sul tinha a sua caderneta com foto e dados pessoais, e muitas, muitissimas paginas em branco que serviriam para anotacoes caso o aluno fizesse alguma coisa muito errada. As anotacoes eram escritas pelos professores ou pela direcao da Escola e deveriam ser assinadas pelos pais do aluno. Nao sei por que cargas d'agua a minha turma entrou numa "estrada errada" e nos tivemos a primeira anotacao na caderneta. Foi um choque terrivel que muito me preocupou na epoca. Mesmo com este borrao, por muitos anos guardei as minhas cadernetas com carinho, mas com o tempo e mudancas elas vieram a desaparecer...

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  22. Banho de Piscina!! Nos anos cinquenta frequentar os Clubes Uniao ou Petropolis que tinham piscinas belissimas, era quase um imposibilidade para nos de classe media. A minha turma fez uma grande descoberta. No final rua Arnaldo Bohrer depois de uns matagais, existia um seminario de padres que tinha uma piscina. No final da aula fomos para la e enquanto nos divertiamos a valer, os padres vieram e nos espantaram com tiros de balas de SAL. Eu levei um salaco no braco que tive que curtir sozinho sem dizer nada em casa por mais de um mes. Nunca mais tentamos entrar naquelas aguas!!!

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  23. A familia Hochberg no Cruzeiro. Quando o meu pai comecou a estudar, a lingua oficial na Polonia era o Russo pois fazia parte do imperio comandado pelo Czar. Logo comecava a primeira guerra mundial e a Alemanha dominou a Polonia. No colegio a lingua Russa foi substituida pelo Alemao. Em 1918 a Polonia ficou independente e o Polones tornou-se a lingua oficial. Seis anos mais tarde o meu pai desembarcava no Porto de Santos em Sao Paulo, quando comecou a aprender o Portugues. Na realidade nunca pode estudar direito com tantas trocas, em tao pouco tempo. Alem disso, por ser judeu na Polonia para poder cursar uma universidade tinham que assistir as aulas de pe!! Rarissimos conseguiam entrar na escola de Medicina. No Brasil quando constituiu familia ja morava em Porto Alegre. Diariamente eramos endocrinados para o estudo, e sempre falava de um colegio nos altos do Teresopolis que era uma maravilha. As nossas notas eram sempre checadas e tinham que ser elevadissimas!!! E para la fomos. A minha irma mais velha a Berta foi aluna dos professores Steinbruck de matematica e professor Ripoll de biologia. Os dois foram meus professores no pre-vestibular. A Rosa minha irma menor e o meu irmao Isaac me seguiram. O triste e que nem uma das escolas existem mais, a do meu pai na vila de Miedzna, na Polonia e a minha numa cidade chamada Porto Alegre, Brazil.

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