quinta-feira, 30 de julho de 2009

Uma Família Chamada Cruzeirista

Era uma vez uma família chamada Cruzeirista que morava em um bairro denominado Teresópolis. Neste bairro havia várias ruas e avenidas, entre as quais, a Av. Belém, onde todos se conheciam, eram parentes e amigos...Uma outra rua existia com o nome de Arnaldo Bohrer, próxima a Av. Belém, onde estava a casa grande de toda a família: O Colégio Cruzeiro do Sul! Este colégio pertencia a Igreja Anglicana bem como o Seminário e a Igreja da Ascensão. Eu, membro desta família, morava em frente ao Clube Teresópolis e da Igreja da Ascensão, onde havia um mágico caminho que encurtava as distâncias entre estas duas ruas. Caminho com riacho, ponte, floresta , e era “encantado” na minha imaginação... Minha casa era extensão desta Igreja e deste Colégio, pois os seminaristas, reverendos e alguns professores , quase todos os domingos, almoçavam lá em casa, após o culto. Diretores, reverendos, professores , educadores vocacionados, integrados com os pais na tarefa de estimular, desenvolver e orientar as aptidões do aluno para aperfeiçoamento e desenvolvimento das suas capacidades físicas, morais e intelectuais, ensinavam a viver!!! Alguns nomes famosos que estudaram neste Colégio surgem na memória : Érico Veríssimo, Josué Guimarães, Assis Brasil e também professores inesquecíveis pela sua competência e grande carisma como : Professor de português - Alfredo Pradelino da Rosa; dois grandes professores de História - Professor Heitor Alves e o Reverendo Nataniel Duval da Silva; o querido diretor Paulo Appel e sua esposa Da. Ilka; o professor Ernany Jaeger; Jorge Hennig; Jaime; a professora de canto Orfeônico Totta Leal; a professora de Artes de sobrenome Círio e tantos outros , que me desculpem, por não citar, pois escreveria um livro só de nomes destas pessoas tão queridas... O Colégio proporcionava, além das aulas, uma participação da sociedade nas comemorações das datas festivas do calendário, o Dia do Fico, as Olimpíadas (partidos rubro, branco, azul, ouro), bailes no Teresópolis, Mis Brotinho, e as glamourosas formaturas no Teatro São Pedro, coral, apresentações de teatro, etc... A Comunidade estava integrada e todos faziam parte desta grande família... Muitas almas gêmeas se encontraram, namoraram, casaram e seus filhos continuaram estudando no Cruzeiro. O Colégio era minha própria casa, pois ia para as aulas com alegria para estudar e encontrar os colegas e os educadores amigos. Foram anos dourados, maravilhosos e mágicos e o brilho desta época permanece até hoje em nossas vidas...As pessoas eram valorizadas e o respeito se fazia presente. Com certeza, podemos ainda ouvir, bem no fundo de nossos corações, a melodia entoada nas aulas de Canto Orfeônico : “...E lembremos mais tarde, saudosos, Sob o céu do Brasil sempre azul, Que aprendemos a ser virtuosos No COLÉGIO CRUZEIRO DO SUL. Heloisa Helena Santiago Velasco Friedrich

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